sexta-feira, 26 de janeiro de 2007
Anónimo I
XAROPE DE PERAS, XAROPE DE VINHO
O teu corpo é como o vaso
onde o vinho ferve, doce como açúcar.
No vaso é profundo o cravo-de-cabecinha,
a picante e terrestre canela,
o ácido limão.
Levemente,
a faca despe a pele dos frutos
que os dedos tocam
e depositam no fogo do vaso.
Fecho os olhos.
Na cozinha, um aroma-vapor de néctar e de uvas.
Enquanto a colher-de-pau mexe,
espero a semente, os lábios, a geleia da embriaguês.
E apuro no interior do vaso,
a efervescência dos líquidos.
Um xarope rubi, como as pêras!
- Chlep! Chlep!
Anónimo
Do Tempo das Descobertas.
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