A meu pai...
I
Ao frio, ao luar,
a sombra da videira,
toca o granito.
II
Restaram os ramos,
o chilrar de um pássaro,
arames gelados.
III
Alguém o esqueceu:
Pende na ramada nua
um cacho rugoso.
IV
Abro a janela:
Tudo cinza! Só neve!
Um melro no ramo!
V
Manhã de geada:
Ar de vinha queimada
no fogo dos velhos.
Koi Hui-Sio
domingo, 21 de janeiro de 2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Sublime! É 1 da manhã, acabei de jantar com o meu pai. Estes poemas têm centenas de anos, não sei se durarão outros tantos. Sublime.
Enviar um comentário