sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
José Afonso
Aveiro, 2 de Agosto, 1929 - Setúbal,23 de Fevereiro, 1987
QUE AMOR NÃO ME ENGANA
Que amor não me engana
Com a sua brandura
Se da antiga chama
Mal vive a amargura
Duma mancha negra
Duma pedra fria
Que amor não se entrega
Na noite vazia?
E as vozes embarcam
Num silêncio aflito
Quanto mais se apartam
Mais de ouve o seu grito
Muito à flor das águas
Noite marinheira
Vem devagarinho
Para a minha beira
Em novas coutadas
Junto de uma hera
Nascem flores vermelhas
Pela Primavera
Assim tu souberas
Irmã cotovia
Dizer-me se esperas
Pelo nascer do dia
José Afonso
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário