domingo, 4 de março de 2007
Depois da chuva
Buraco-de-agulha. Uma Casa na Primavera.
© Isaac Pereira. 2006
Depois da chuva,
as árvores brotavam de um silêncio verde,
e os pássaros cantavam, escondidos em ninhos de pedra.
Havia uma luz débil, amarela, oblíqua, crepuscular,
uma luz que fazia compridos os dias, que engrandecia.
E, em meus pequenos jardins, um odor a hortênsias, a amores-perfeitos.
Naquele tempo, depois da chuva,
as núvens, como nós,
passeavam, brancas, sobre a cidade deserta.
Koi Hui-Sio
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